Moacir Neto
Indicador do suíno vivo apresenta sensível variação em seis praças consultadas, oscilando de R$ 3,69, em Minas, no dia 6, a R$ 3,16, no Rio Grande do Sul, no dia seguinte. Os preços recebidos pelo produtor são livres de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq/USP).
O início do ano marca um período ainda de incertezas para a commodity. A Rússia, que havia embargado a compra de carne suína brasileira oriunda de alguns frigoríficos, em dezembro de 2017, ano da Operação Carne Fraca, interrompeu as aquisições da proteína em janeiro deste ano. Por outro lado, a China, que havia reduzido compras do produto brasileiro em 2017, adquiriu 5,74 mil toneladas (ou 73,4%) a mais em janeiro deste ano, no comparativo com dezembro passado.
Conforme a avaliação de colaboradores do Cepea/USP, o desempenho ainda fraco das exportações prejudica o mercado doméstico, que sente dificuldades em gerenciar a maior disponibilidade de carne. A demanda interna retraída se mantém, resultando em pressões de compradores para redução de preços do animal e das carcaças.
Portal Revista Safra, com informações do Cepea/USP